SEJAM BEM-VINDOS!!!

"Enxergar além das diferenças do outro e encontrar a maneira de trilharem juntos o caminho."

sexta-feira, 29 de julho de 2011

CAICA - Centro de Atendimento Integral à Crianças e Adolescentes

No final de junho tive o prazer de conversar com professores da rede pública de Camaquã, através de uma capacitação do CAICA. A abertura do evento com uma peça sobre o respeito às diferenças foi muito bonita e o cuidado com o cenário, feito de material reciclável, me chamou a atenção. Infelizmente o Paulo não pode ir e pela primeira vez fui sozinha trabalhar com os profs., mas meu amor pela tema me encheu de coragem. O trabalho feito pelo Centro é admirável, com vários especialistas trabalhando para crianças e adolescentes e com uma estrutura excelente proporcionada pela sede nova, ao lado do teatro Coliseu (outro local maravilhoso, onde foi o evento). Inclusive as escolas fazem um trabalho de inclusão que vi em poucas cidades. Uma das coisas que me deixa mais feliz é poder falar sobre Literatura Inclusiva, pois desta forma somo meu conhecimento como Bibliotecária e leitora. O local estava lotado e além do meu livro, conversei sobre obras das editoras Saraiva, Mercado Aberto, ULBRA, Ed. do Brasil. Agora tive acesso a uma coleção da Ática sobre diferenças que vou começar a utilizar também.

BJS estalados aos profs. da cidade, para o pessoal da CAICA, para o Vanderlei que me aguentou na viagem de ida e volta e um mais que especial para a Roberta, coordenadora das Bibliotecas das Escolas de Camaquã. Só tenho a agradecer pela oportunidade.

terça-feira, 26 de julho de 2011

INSTITUTO STA. LUZIA

Em junho, estive no Instituto Sta. Luzia, conhecido por seu trabalho com deficientes visuais, mas que hoje em dia é uma escola que atende na sua maioria alunos sem esta deficiência. Pude conversar com crianças que estudam e convivem diariamente com deficientes visuais. Para mim foi muito emocionante poder realizar as dinâmicas com crianças com deficiência visual, ver que as brincadeiras funcionam e que elas se divertiram, isto vai ficar para sempre na minha memória. Poder ver o trabalho que eles realizam na escola, sua Biblioteca e o interesse dos alunos pelos livros foi tudo de bom.


Bjs estalados para toda a escola e para o pessoal da Ler & Saber, que me levou até lá.

** As fotos (como sempre) vem depois.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

DEPOIMENTO DE VITÓRIA

Segue abaixo scrap do facebook de Vitória, onde ela conta uma situação que mostra claramente que estamos engatinhando em matéria de inclusão. E que a ignorância está sendo perdoada demais, na realidade soma-se ignorância (fato de ignorar) com falta de educação. Repassem este absurdo... para que no futuro tenhamos realmente uma VITÓRIA sobre o preconceito.

Por ser cadeirante, fui impossibilitada de assistir um filme no Cinemark do Bourbon Ipiranga.

por Vitória Bernardes, quinta, 21 de julho de 2011 às 15:03

Dia 18 de julho de 2011, segunda-feira, fui ao Cinemark do Bourbon Shopping Ipiranga, em Porto Alegre, RS. O que era um programa simples, tornou-se inacreditavelmente “impossível”.

Eu e mais 03 primos compramos os ingressos e entramos na sala de cinema. Constatando a dificuldade de visualizar a tela, devido sua proximidade, pedi para minha prima, Bruna, solicitar a ajuda de um funcionário. Devido sua demora, solicitei que minha outra prima, Gerusa, fosse verificar o que estava ocorrendo. Minutos depois, elas entraram acompanhadas pelo gerente, senhor Maurício. Ele afirmou que o Cinemark proíbe seus funcionários de prestar auxílio como “este” aos seus clientes. Ou seja, o Cinemark, além de não disponibilizar um local decente para cadeirantes, proíbe seus funcionários de os colocarem em uma poltrona onde possam, ao menos, ver o filme. Apesar de preferir me locomover livremente e saber das leis que asseguram esse direito, abdiquei disso para me adequar ao serviço precário oferecido e, mesmo assim, escuto do representante da empresa que isso NÃO É POSSIVEL?!

Como o filme estava prestes a começar, minhas primas decidiram que elas mesmas me colocariam na poltrona. Nesse momento, o gerente “informou” que esta ação não poderia ser feita dentro do estabelecimento. Além de não ajudar, proibiu minhas primas de prestarem esse auxílio.

No primeiro momento da solicitação, quando a Bruna ainda estava sozinha, o senhor Maurício comentou que o cinema não tinha “estrutura”, pois era feito para “pessoas normais”. Normal, anormal ou qualquer outro rótulo ou denominação que queiram dar, não importa. Tenho limitações sim, mas, como qualquer outra pessoa, paguei por um serviço, pelo qual não fui informada que não poderia usufruí-lo.

Durante este lamentável acontecimento, meu único desejo era me esconder, chorar de raiva, pois além de me sentir severamente lesada como consumidora, me senti diminuída como pessoa. E pior, pelo tom usado pelo funcionário, me senti culpada por estragar o passeio das pessoas que me acompanhavam, entre elas, uma criança.

Além de tudo, por instantes, o gerente me fez acreditar que o problema em questão era eu, e não sua empresa... Que inversão de valores é essa?

O caminho mais simples é “deixar assim”, mas me nego a considerar essa possibilidade. Por isso, peço que ajudem minha voz, que continua embargada, a ser ouvida por outros, sejam eles donos de estabelecimentos ou pessoas que, devido às injustiças vividas diariamente, desistem de lutar por seus direitos, por menores que sejam, como assistir um filme numa segunda-feira a tarde...

Agradeço a colaboração!

Grande abraço,

Vitória Bernardes

21/07/2011